Alsace et Bastille

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sábado, 27 de agosto de 2011

Apoiar o empreendedorismo. DNA Cascais. Um bom exemplo

 
 
Autarquias viram-se para os empreendedores

Várias câmaras municipais do país estão a apostar numa nova estratégia: apoiar empresas e criar projectos de empreendedorismo. Numa altura de crise, em que os números do desemprego continuam a aumentar, estes projectos visam ajudar a criar emprego e proporcionar um retorno em termos de investimento.
Mais de 100 empresas criadas e uma captação de investimento superior a 15 milhões de euros são os números que o projecto de empreendedorismo da Câmara Municipal de Cascais exibe para mostrar qual o retorno que uma autarquia pode ter se decidir investir em projectos de empreendedorismo.

Chama-se DNA Cascais, nasceu em 2007 e é o projecto com maior dimensão do país, não só no âmbito de serviços e apoios prestados, mas também em investimento anual, cerca de 250 mil euros. No entanto, não é caso único. Várias outras autarquias estão a seguir os passos e a apostar cada vez mais numa área que, não dando um retorno imediato nem sendo um investimento tão visível como as Obras Públicas, acaba por proporcionar um retorno importante.
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No caso da DNA Cascais, a incubadora de empresas, que aposta nos baixos custos de instalação, está aberta a todas as pessoas, "desde que sejam titulares de ideias e projectos inovadores com potencial económico e que contribuam para o desenvolvimento local", lê-se no "site" da DNA Cascais.

O objectivo é o de que estas empresas permaneçam o mínimo de tempo possível nestes espaços, para ir dando lugar a outros projectos. No caso da iniciativa de Cascais, as empresas ficam em média dois a três anos, o tempo suficiente para "ganharem raízes e massa crítica", explica Miguel Luz, administrador da DNA Cascais. E explica: "As incubadoras não são lares onde as empresas podem ficar até morrerem. Não é isso que se pretende."
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Já a DNA Cascais, para além de ser dada uma atenção especial ao empreendedorismo social (criação de empresas que colmatam deficiências sociais do concelho) há também uma forte aposta no cariz inovador das propostas, a única forma de poder atrair capital de risco ou o investimento de "business angels", que são uma importante alternativa às vias formais de financiamento.

"O nome que fomos capitalizando no mercado dá garantias de alguma mitigação do risco", afirma Miguel Luz, explicando o facto da DNA Cascais conseguir atrair este tipo de investimento, não só a nível nacional, mas também internacional. Contas feitas, a banca acaba por ser responsável apenas por 15% a 20% do financiamento disponibilizado no âmbito dos projectos da autarquia.

Aprender com a experiência Apesar de serem programas com poucos anos de vida, a experiência já permite tirar algumas conclusões e até levar a correcções. No caso do Amadora Empreende, com pouco mais de três anos de vida, a formação vai deixar de ser padronizada e mais adequada às necessidades de cada pessoa. Chegou-se à conclusão que para algumas pessoas, com baixos níveis de escolaridade, era difícil perceber determinados conceitos.

Além disso, explica Ana Moreno, constatou-se que "muitas pessoas só queriam fazer a formação para obter um certificado e não avançavam com a ideia." As dificuldades em implementar o negócio ou o surgimento de um emprego acabaram muitas vezes por deitar as ideias por terra. Desta forma, as candidaturas vão estar abertas em permanência e não apenas numa determinada fase do ano.

Outra conclusão é a de que o empreendedorismo não pode ser uma política que se concentra apenas naqueles que querem avançar com uma ideia de negócio. Deve ser incutido desde os bancos da escola. "O ciclo de inovação é como um 'pipeline' que tem de ser alimentado constantemente", explica Miguel Luz da DNA Cascais, acrescentando, que "desde cedo é necessário incutir o espírito empreendedor."

Em Cascais, a formação começou por abarcar os professores. Hoje em dia, as escolas secundárias do país já incluem nos seus currículos esta matéria. Os jovens vão para a rua vender os seus produtos e habituam-se desde cedo a gerir o seu próprio negócio.

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