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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Cartier: luxo em Lisboa

LUXO

20 factos sobre a nova loja da Cartier

por Lina Santos Hoje12 comentários
Fachada da loja
Fachada da lojaFotografia © Diana Quintela/ Global Imagens
Cartier volta a ter presença em Lisboa, após quatro anos de interregno.
1. O espaço do Chiado encerrou em 2009 porque "já era pequeno para os padrões atuais da marca", segundo o relações públicas para a Península Ibérica, Juan Carlos Oyanguren. Outra razão de peso foi o facto de ser um local de difícil acesso de carro. "Queremos facilitar a vida ao cliente", afirma.
2. Embora os relógios da Cartier possam ser vendidos em qualquer relojoaria, as joias só podem ser adquiridas em boutiques da marca. Desde o encerramento da loja do Chiado que os portugueses só as podia adquirir no estrangeiro ou online.
3. A nova boutique tem 250 metros quadrados, ocupa o piso térreo de um prédio recuperado no 240 da Avenida da Liberdade. Está dividida em cinco ambientes separados por pequenos degraus. Abriu na segunda-feira.
4. O design da loja tem assinatura do arquiteto de interiores Bruno Moinard, colaborador da Cartier desde 2003 e autor das boutiques de Madrid, Campos Elísios (Paris), Veneza, Mónaco e Emirados Árabes Unidos, entre outras.
5. Dourado, bege, toques de branco, pequenos apontamentos de vermelho e castanho claro fazem parte da paleta de cores escolhida para a decoração da loja. O decorador retoma o tema da art déco, que remete para o início da Cartier. A marca foi fundada em 1847 pelo joalheiro Louis-François Cartier. Em 1899 instala-se no número 13 Rue de la Paix, em Paris. Desde 1988 que pertence ao grupo financeiro Richemont que detém também as marcas de lux Jaeger LeCoutre e Montblanc, entre outras.
6. A sala 'bridal' à entrada a loja e a sala VIP evocam momentos históricos dos 166 anos de vida da Cartier, através de fotografias e pequenos objetos, como a foto de Grace Kelly ou a miniatura dos carros dos anos 20 que transportavam as joias.
7. Hoje um ícone da marca, a atriz norte-americana recebeu um presente de 4 milhões de dólares das mãos do príncipe Rainier do Mónaco quando ficaram noivos. Esse dote continha uma tiara, um colar e um anel de comprometida que a futura princesa usou em "Boneca de Luxo" (1956), o último filme em que participou.
8. Marilyn Monroe também contribuiu para eternizar a marca francesa no cinema, graças à canção "Diamonds are a Girl's Best Friend", da película "Os Homens Preferem as Louras" (1953).
9. Kate Middleton usou uma tiara Cartier no dia do casamento com William de Inglaterra. A peça foi concebida para a rainha Isabel I e também foi usada mais tarde pela princesa Margarida, irmã da atual soberana.
10. A ligação das casas reais vem do início de século XX quando se tornam forncedores oficiais da corte em 15 países europeus. incluindo Portugal. O rei D. Carlos assina um alvará que concede privilégios à Cartier em 1905. Esse documento foi mostrado na exposição de joias que esteve patente na Fundação Calouste Gulbenkian em 2007. Em 2012, uma pulseira executada para a rainha Victoria Eugenia de Espanha, avó do rei Juan Carlos foi vendida na Sothebys por mais de um milhão de euros.
11. No início dos anos 20, já no exílio, a rainha D. Amélia voltou a encomendar peças Cartier, de acordo com os arquivos históricos da marca. Uma tiara e um anel de safiras, cujo paradeiro se desconhece.
12. A lista de cabeças coroadas, mulheres influentes e celebridades que usam ou usaram Cartier é longa: a princesa Diana, Marie Chantal da Grécia, Mary da Dinamarca, Jackie Kennedy ou Catherine Deneuve, Gary Cooper, Rudolfo Valentino ou Angelina Jolie. Jennifer Aniston, Vanessa Paradis, Cameron Diaz, Sarah Jessica Parker e Eva Mendes foram fotografadas com uma pulseira Love, uma das mais emblemáticas peças da marca.
13. A Love foi criada em 1969 pelo designer Aldo Cipullo e foi inspirada nos cintos de castidade. Elizabeth Taylor foi a primeira celebridade a usá-la. Foi-lhe oferecida pelo marido Richard Burton. Inicialmente, a pulseira só podia ser comprada para oferecer, fiel à narrativa de que se trata de uma peça que une duas pessoas apaixonadas. Ao contrário de outras pulseiras não sai do pulso. É apertada com uma chave de parafusos especial, em ouro, que fica com a pessoa que oferece.
14. A coleção Love e a coleção Trinity são best sellers da marca e foram as mais vendidas no dia de abertura da loja lisboeta. A segunda, três aros de cores distintas, é das primeiras criações de êxito massivo da Cartier. Começou a ser comercializada em 1924. Inicialmente foi criado o anel, hoje está numa série de variedades e materias. A mais barata custa 7500 euros. "Não há máximo", refere o relações públicas.
15. Os clientes podem fazer pedidos especiais que são depois enviados a Paris, sede da Cartier, para aprovação no comité artístico, de que fazem parte o presidente da companhia e os seus criadores. "Tem de estar dentro da fisofia Cartier". Se for dado o sim, é entregue um orçamento e um prazo para a sua execução.
16. Os relógios mais conhecidos da Cartier são: o modelo Santos, inspirado num pedido do aviador brasileiro Santos Dumont, amigo do fundador da Cartier, que procurava saber com exatidão os seus tempos de voo e foi um dos primeiros modelos de pulso a ser comercializado, em 1907; e o modelo Tank, retangular, de que foram feitos várias variações. Estes são também os mais vendidos. O mais barato custa 2 mil euros.
17. A Pantera é o animal que se associa à marca. É uma ideia de Jeanne Toussaint, diretora criativa da marca a partir de 1933, que criou uma pregadeira para a duquesa de Windsor, Wallis Simpson, a mulher por quem Eduardo da Inglaterra abdicou do trono.
18. No inicio do século XX, os filhos de Louis-François Cartier vão à Rússia, à procura de inspiração. As joias Cartier são contemporâneas dos ovos do russo Fabergé e do mestre vidreiro e joalheiro René Lalique. Em 1917 abrem a loja de Nova Iorque. Desde 1902 que estão em Londres.
19. Os relógios da marca possuem duas marcas distintivas: o ferrocarril que emoldura as caixas, a palavra Cartier escrita num corpo minúsculo, normalmente no número X ou VI, que distingue as joias verdadeiras das falsificações.
20. O salão nobre do Grand Palais recebe a partir de dezembro uma grande exposição de joiasque dialogam com peças de roupa e mobiliário traçando um percurso histórico e artístico da marca. A primeira grande exposição de joias Cartier aconteceu em 1997, por ocasião dos seus 150 anos, no Museu Metropolitan, em Nova Iorque, e no Museu Britânico, em Londres.

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